Lidando com gente sem compromisso!

Quem quer compromisso?

Honrar compromissos perante clientes e pessoas, em contexto pessoal ou profissional, é uma dos mais simples e eficazes exemplos de responsabilidade pessoal e profissional.

Infelizmente ainda vemos pessoas, profissionais e organizações, que deixam a desejar nesse sentido, seja no fornecimento de produtos, na prestação de serviços, ou em simples compromissos pessoais.

Afinal de contas, alguém já deixou de cumprir uma promessa com você, sem além termos pessoais ou profissionais?

Dedico o artigo de hoje a esse tema, trazendo algumas preocupações e sugestões sobre como lidar com o tema.

Por isso, convido o leitor a refletir sobre alguns possíveis eventos.

Você já recebeu orçamento de alguma empresa ou profissional que fez “orçamento sem compromisso”?
Você seria capaz de trabalhar com alguém que trabalha sem compromisso?
O que você acha de fazer uma cirurgia com um médico que age sem compromisso?

Em suma, se você já se viu em alguma dessas situações, você deve ter se preocupado sobre como lidar com gente sem compromisso.

Como lidar com gente pessoas sem compromisso?

Orçamento sem compromisso

Profissionais e empresas de serviços, com frequência, ao receberem uma solicitação de um cliente potencial, respondem que farão “orçamento sem compromisso”. Fornecedores de produtos também o fazem.

A questão que se coloca é: sem compromisso com o que?

… sem compromisso com o que?

Sem compromisso com o cliente?
Sem compromisso com as necessidades e desejos do cliente?
Sem compromisso em, uma vez aceito o orçamento, fornecer o serviço ou produto em conformidade com o pedido?
Sem compromisso em fornecer um produto ou serviço de qualidade?

Fico preocupado com gente e empresas que agem sem compromisso.

E fico ainda mais preocupado em adquirir um produto importante, ou contratar um serviço crítico para minha segurança ou minha saúde, de profissionais e organizações que não têm compromisso.

O que você acha de fazer uma cirurgia com um médico que age sem compromisso?
Você matricularia seus filhos numa escola cujos professores ensinam sem compromisso?
Você viajaria numa companhia aérea cujos pilotos e equipe de manutenção trabalham sem compromisso com a segurança?
O que me diz de morar numa residência cuja construção foi feita sem compromisso com as normas de segurança?
E, que tal, ir a um parque diversões que não tem compromisso com lazer, entretenimento, e aqui, novamente, a segurança?

Organizações e pessoas sem compromisso

Por vezes, vejo empresas agem sem compromisso. Sem compromisso com o que?

Sem compromisso com a qualidade;
Sem compromisso com o cliente;
Sem compromisso com o estado emocional das pessoas – clientes e funcionários;
Sem compromisso com a legislação;
Sem compromisso com o ambiente e a comunidade onde se situam;
Enfim, sem compromisso com praticamente nada além de ganhar dinheiro e auferir lucros.

Mas encontro também pessoas que agem sem compromisso

Sem compromisso com o outro;
Sem compromisso com prazos;
Sem compromisso com o consumo responsável;
Sem compromisso com princípios;
Sem compromisso com o ambiente;
Sem compromisso com o que é público
Enfim, sem compromisso com praticamente nada além de se beneficiar com ganhos materiais e ganhos pessoais.

E você leitor, poderá dizer: “mas é tão simples, orçamento sem compromisso está relacionado ao compromisso de compra ou contratação”.

Pois respondo: na maioria das vezes, é a esse compromisso de compra ou contratação que o proponente se refere. Mas eu temo que esta falta de compromisso se estenda a outros assuntos, como os mencionados anteriormente.

Conhece aquela placa de sinalização colocada em estradas, sugerindo que “na dúvida, não ultrapasse”?

Pois com gente sem compromisso eu prefiro, como diz a placa, não ir adiante, sob pena de ser frustrado mais adiante.

Por isso, tome muito cuidado com profissionais, organizações e empresas que fazem orçamento sem compromisso. Elas poderão lhe surpreender, negativamente.

Então, como lidar com gente sem compromisso?

Penso que a melhor recomendação é mesmo NÃO LIDAR com elas.

O melhor mesmo sobre pessoas sem compromisso é não lidar com elas!

O melhor a fazer sobre lidar com pessoas sem compromisso é não lidar com elas, desde que isso seja possível.

Digo isso por que nem sempre temos controle,e plena da situação, e por vezes somos obrigados a conviver com gente sem compromisso, em situações como:

Lidar com um colega de trabalho por cuja contratação não fomos ou somos responsáveis;
Lidar com alguém da família de quem não podemos simplesmente nos separar;
Lidar com um cliente com quem você não se afina bem, mas cujo contrato tem certa durabilidade para ser respeitada;
De forma análoga, lidar com uma empresa fornecedora de produtos ou serviços, com quem existe um contrato vigente e ainda longe de se extinguir.

Por mais difícil que seja, descontinuar o relacionamento, se possível, representa uma excelente opção para livrar-se do problema.

Mas, se de todo for impossível, e você tiver que manter a relação, alguns cuidados são listados a seguir.

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Como lidar com pessoas e organizações sem compromisso

Na verdade, existem alguns cuidados que podemos tomar, antes de entrar num relacionamento com pessoa s e organizações sem compromisso. Isto está representado nos passos 1 a 4, listados a seguir.

Antes de um relacionamento, procure fazer uma avaliação do potencial de compromisso da pessoa ou empresa com quem você está prestes a se realizar.
Se for uma relação profissional, obtenha especificações do produto a ser adquirido ou serviço a ser contratado. De preferência, de forma documentada, em papel ou digital. Dependendo do caso, podem ser especificações técnicas, ou descrição do que você está adquirindo.
Se for uma relação pessoal, essas coisas não se aplicam, não é mesmo? Procure então identificar os valores que essa pessoa possui e usa em seu dia a dia. Valores similares são determinantes para um relacionamento, pessoal ou profissional.
Se numa relação profissional, obtenha compromisso da outra parte no sentido de atender às especificações. Se numa relação pessoal, procure sinais de que a pessoa não vai lhe desapontar. Caso essa condição seja atendida, siga adiante. Caso contrário, pare por aí, para não sofrer no futuro.

Se puder, fuja de pessoas e organizações sem compromisso!

Caso o passo 4 não tenham sido possível de realizar, e você seguiu adiante, por impossibilidade, inviabilidade ou desatenção, e mais tarde, você descobriu tratar-se de uma organização ou pessoa sem compromisso, siga os passos adiante.

Primeira e mais importante recomendação: mantenha a calma!
Já que você descobriu tratar-se de pessoa ou organização sem compromisso, você pode, ainda que não acredite muito, tentar negociar uma reversão no comportamento dessa pessoa ou organização. Se conseguir, comemore!
Se não conseguir êxito, procure aconselhamento e apoio jurídico. Aborde a pessoa ou organização acompanhado do advogado. Pode ser que consiga algum êxito.
Procure seus direitos, ou seja, já que não conseguir êxito, ainda que acompanhado de um profissional do direito, procure a justiça. E aí, novamente, tenha calma, pois o processo poderá durar muito.
Aprenda a lição! Ou seja, a menos que você goste de sofrer, aprenda a identificar os sinais de pessoas e organizações sem compromisso, e numa próxima oportunidade, procure seguir os passos 1 a 4, com atenção e racionalidade.
Outra alternativa a tudo isso é, porventura se a pessoa ou empresa sem compromisso representa alguém de quem você gosta muito, e está disposto a abrir mão das coisas que ele ou ela vai deixar de fazer por você. Então, por amor, relaxe e curta a vida!

Call to action: (isso em azul não ficará no artigo publicado)

Um convite

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Convido você a conhecer o vídeo “A desgraça do protegido é o protetor!” e refletir sobre o assunto.