Cliente fidelizado ou escravizado?

Você é fiel a alguma empresa, produto ou marca? Você já comprou algum serviço e obteve “descontos” altamente atrativos por que aderiu a um plano de “fidelização”?

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Sinceramente, embora alguns trabalhos científicos apresentem uma estruturação sistematizada para a compreensão da “fidelidade” do cliente, não acredito em cliente fiel.

Você, leitor, é fiel a alguma marca, produto, empresa?

Acredito que haja algum tipo de fidelidade quando o assunto é time de futebolcantor predileto, amor de pai ou de mãe para o filho, e alguns poucos outros temas. Fidelidade em casamento? Em religião? E que dirá a marca ou empresa?

Expressões como:

● “numa economia cada vez mais competitiva, torna-se cada vez mais importante ser capaz de fidelizar os seus clientes, …

● “se o senhor comprar no plano de fidelização, leva o aparelho grátis, mas se não fizer, terá que pagar …..”

● “vamos fazer um plano para fidelizar nossos clientes …..”

nos levam a desacreditar, cada vez mais, das estratégias de fidelização de clientes por parte de algumas empresas.

Estudos científicos mostram a ideia de fidelidade relativa, em função de localização, acessibilidade, período, etc.

Assim, dá para aceitar a ideia de fidelidade relativa, mas cliente plenamente fiel, por favor, não!

Por isto mesmo, é preferível falar em preferência do cliente, quando o cliente, em função da qualidade dos serviços ou produtos que oferecemos, prefere continuar comprando de nossa empresa.

Outra alternativa é falar de retenção de cliente (não é detenção!). Isto é alcançado quando, em função de um bom nível de qualidade de serviços ou produtos, a empresa consegue “reter” o cliente, de modo que este continue comprando ou recebendo os serviços.

Faça com que seu cliente continue sendo seu cliente, e não seu escravo!