Alcançando resultados através de, e com, pessoas
Uma das mais importantes, senão a maior, atribuições de qualquer gestor é atingir resultados, entregar qualidade e alcançar produtividade.
Porém, em diversas situações, em crises ou não, escuto gerentes, diretores e proprietários de grandes, médias e pequenas organizações e empresas reclamando de que seu pessoal:
- não faz o que se espera de cada um, ou
- não cumpre suas responsabilidades, por melhor que estas estejam claramente definidas, ou
- Faz apenas o que está definido, não indo um mínimo além disto, parecendo pessoas altamente limitada
Alguns gestores se vêem diante de grandes dificuldades para alcançar resultados através da equipe, quando há o envolvimento de profissionais sem comprometimento, responsabilidade e profissionalismo.
E você, como anda?
- Sua equipe vai além de fazer apenas e tão somente suas responsabilidades?
- Ou você tem um grupo de pessoas que são extremamente comprometidos em, cada um, fazer a sua parte?
- Caso seja assim, você está satisfeito com esta postura?
- E sua organização, vai um pouco além, ou faz apenas o que lhe pedem? E, às vezes, nem isto?
Saiba por que “cada um fazer a sua parte” isso não é bom
Que, faz uso deste tipo de expressão, com frequência, está apenas se esquivando de contribuir um pouco mais em benefício do ganho coletivo.
- “Já fiz a minha parte” é um disfarce para quem acha que fazer o mínimo é o máximo;
- “Já fiz a minha parte” é uma desculpa para quem não quer se comprometer com os resultados da organização ou empresa;
- “Já fiz a minha parte” é um argumento para quem está mais preocupado consigo mesmo do que com a equipe com quem trabalha;
- “Já fiz a minha parte” é um álibi para quem não tem a menor intenção e ajudar colegas, clientes e amigos;
- “Já fiz a minha parte” é uma expressão que esconde a responsabilidade de alguém que poderia ser mais útil, mas parece preferir ser fútil;
Nesse contexto, o conceito de sinergia é muito oportuno:
Sinergia ocorre quando a soma do todo é maior que a soma das partes
Ou seja, se cada um fizer a sua parte, o resultado maior que se poderá alcançar é 100%, considerando que a divisão de responsabilidades e papéis tenha sido feito de maneira equitativa.
E qual o problema disso?
Podemos não ter problema algum, se o que se deseja é uma postura de certo modo acomodada, em que não se alcançam resultados superiores ao longo do tempo.
Mas, ainda assim, há uma tendência de se promover uma certa apatia organizacional, impedindo que as pessoas façam uso de iniciativa, criatividade e disponibilidade.
O que fazer a respeito
Qualquer processo de melhoria (ou mudança) começa no reconhecimento do problema, ou situação indesejada, para que se possa alterar a situação vigente.
Sugiro que você faça uma reflexão sobre qual situação você classifica sua equipe?
- Minha equipe não faz o que se espera de cada um
- Minha equipe não cumpre suas responsabilidades, por melhor que estas estejam claramente definidas
- Minha equipe faz apenas o que está definido, não indo um mínimo além disto, parecendo pessoas altamente limitada
- Minha equipa faz o que se espera de cada um, e estamos alcançando resultados cada vez melhores!
Alguns podem optar pela alternativa 1. Outros podem escolher a segunda. Um terceiro grupo reconhecerá, com tristeza, que sua equipe, de modo geral, se enquadra na opção 3.
A primeira alternativa decorre da ausência de definição clara de processos e atribuições, fazendo com que as pessoas tenham que descobrir, às vezes por si próprias, o que se espera delas.
Na segunda opção, por mais que as responsabilidades estejam definidas, as pessoas não fazem o que se espera porque não existe um bom processo de treinamento de pessoal, bem como um bom sistema de acompanhamento de desempenho e reconhecimento.
A terceira alternativa decorre de falhas na seleção de pessoas, bem como o exercício de uma liderança que promova o engajamento de pessoas comprometidas com a realização de bons e eficientes processos de manufatura ou serviços.
O golpe de misericórdia de tudo isto é quando as pessoas, para justificarem o que fazem mal feito, ou o que não fazem, se escoram em expressões do tipo “já fiz a minha parte”.
Porém, se você se encontrar na quarta alternativa, parabéns. Você está no caminho certo. Compartilhe conosco sua experiência, postando um comentário ou relato aqui no Blog.
Para evitar o efeito negativo de “cada um fazer apenas a sua parte”
Assim, recomendo os quatro passos para não depender de “cada um fazer a sua parte”:
- Defina os processos, e as responsabilidades de cada pessoa envolvida com os processos
- Estabeleça um processo de treinamento das pessoas de acordo com os processos, papéis e responsabilidades definidos
- Para cada tipo de trabalho, atividade ou tarefa, selecione pessoas com competência, habilidade e atitude compatíveis
- Discuta com sua equipe, amplamente e repetidamente, os prós e contras de usar expressões como “já fiz a minha parte”, procurando impedir que ela traga os malefícios apontados neste artigo.
É muito importante que você, gestor, tome muito cuidado com pessoas de sua equipe que fazem uso da expressão “já fiz a minha parte”, pois elas podem estar passando mensagens a você, que não combinam, em absoluto, com pessoas responsáveis, interessadas, comprometidas, com desejo de ajudar, que tem iniciativa, interesse no bem comum.
Não basta esperar que “cada um faça o seu melhor”!
Vamos melhorar o que fazemos!
Depois de tudo o que conversamos, convido você a se aprofundar no tema, e fazer algo a respeito, compartilhando esse conhecimento com sua equipe de forma simples e que possa de fato, fazer diferença na vida das pessoas.
Precisamos, realmente, de espírito de servir por um mundo melhor.
Convido você a assistir o vídeo Não basta esperar que “cada um faça o seu melhor”! e veja como isso se aplica no setor de serviços.
E convido você, também, a ver mais sobre o assunto, acessando o artigo Quando falta qualidade, todo mundo é culpado, menos eu!