No artigo Como entender o PDCA e alcançar melhores resultados, escrevi sobre a Administração no estilo “Apagar incêndio”, e introduzi o Ciclo PDCA, detalhando O que é e para que serve o PDCA, e apresentando As etapas do PDCA
Neste artigo, detalho a etapa de Verificação (C).
Sobre Avaliação, ou Checar (Check)
Você já ouviu o ditado “quem engorda o boi é o olho do dono”? Muita gente acredita que, para ser bem sucedido num negócio, o dono tem que estar dentro do negócio, o tempo todo, caso contrário as coisas não vão andar bem, podendo comprometer o empreendimento. Você concorda com isso?
Pois se isso fosse verdade, como é que uma rede de lojas, restaurantes, cafeterias, ou mesmo uma fábrica de uma grande multinacional poderia existir? O dono deveria estar em todos os pontos do negócio, não é mesmo?
Então esse ditado leva a um grande equívoco, em termos de gestão. Então como é que um negócio pode crescer, sem o “olho do dono”?
Não pode!
O olho do dono sempre precisará se fazer presente. O dono, entretanto, não precisará estar presente. Como explicar isso, então?
O “olho do dono” é representado por um bom sistema de monitoramento, avaliação e controle. É isso é explicado pelo C do PDCA.
Na fase do C, o Check significa verificar. Mas verificar o que? Verificar resultados. E esses resultados podem ser, tanto os resultados finais, como os intermediários. Você não deve esperar chegar o fim do jogo para saber se as coisas vão indo bem, não é mesmo? Aqui reside um fator importantíssimo na gestão: os resultados devem ser verificados através de indicadores, quantitativos preferencialmente, de modo a reduzir ou eliminar a subjetividade, opiniões ou achismos. O resultado do jogo, independente do que houve durante o mesmo, é claro: 1×0 é um a zero, alguém discorda?
O grande problema que ocorre é que muitos sistemas de gestão, ou mesmo gestores, não fazem avaliação de forma planejada, organizada, estruturada e sistematizada.
Como assim? Você poderá perguntar.
Eu explico. Muitas vezes a situação é tão caótica, os problemas são tantos, que o gestor acaba sendo “apresentado” a esses problemas, de forma intensa e frequente. Existem gestores que nem precisam sair de sua sala, pois existe fila de gente trazendo problemas e situações adversas para eles resolverem, ou pelo menos darem despacho.
E, como “onde há fumaça há fogo”, o gestor acaba se dedicando a despachar muitas situações ruins, mas ele não atua na raiz dos problemas – ele apenas age sobre a fumaça, e o fogo continua. Isso nos leva à quarta fase do PDCA.
Como resolver isso, então?
Tendo um sistema de acompanhamento planejado, estruturado, organizado e sistematizado. E isso se consegue com o uso de indicadores que permitam a avaliação de resultados de forma proativa.
Conforme Mark Twain, “supor é bom, descobrir é melhor”. Segundo um velho provérbio Yiddish, “supor é ser enganado”. Você quer ser um gestor enganado?
O gestor que gerencia baseado em suposição acomoda-se numa postura confortável, imprestável e lamentável, de ficar torcendo para as coisas darem certo, e reagindo quando algo sai do normal, geralmente informado por alguém que traz a notícia desagradável.
A proposta da Avaliação, conforme o PDCA, é de fazer uso de indicadores que permitam ao gestor e sua equipe, avaliar os resultados, sistemática e continuamente, em vez de apenas supor.
Por isso, a postura de descobrir (Mark Twain) é uma postura proativa, de quem age de forma responsável, incansável e sustentável em busca daquilo que é desejável, mensurável e alcançável – um gestor irretocável.
Você poderá ver em detalhe, cada uma das etapas do P-D-C-A, nos artigos relacionados abaixo:
- P de Planejar (Plan em inglês)
- D de Executar (Do em inglês)
- C de Checar, ou Avaliar (Check em inglês)
- A de Agir (Act em inglês)